Daniel no programa ensaio

12 de setembro
Daniel
Em um clima intimista, com a luz baixa e a câmera focalizada no centro do palco, é o tocar do berrante que chama mesmo a atenção. A abertura não poderia ter sido melhor e nem caberia em outro programa. Fernando Faro recebe o cantor Daniel em edição especial do Ensaio, com mais de uma hora de duração. A atração vai ao ar na TV Cultura neste domingo (12/9), às 23h, marcando novo dia de exibição. Pela primeira vez no programa, o sertanejo relembra histórias engraçadas e saudosas de sua infância, entre elas como conheceu João Paulo, companheiro que perdeu em um acidente de carro -- em 1997 --, e com quem despontou nas paradas de sucesso anos antes. “Ainda criança participei de muitos festivais de musica brasileira e em um deles eu concorria contra o João Paulo. Era uma disputa amigável. Ele tinha um parceiro que era o irmão dele, formavam a dupla Neri e Nerinho”.

Daniel explica que quando Neri decidiu parar de cantar, ele começou a participar dos festivais ao lado de João Paulo. “Meu pai viu a possibilidade de me ver cantando com um parceiro. Ele dizia que música sertaneja seria mais legal se fosse cantada em dupla”.

Quando, inevitavelmente, questionado por Faro sobre a perda do amigo, Daniel desabafa: “É uma sensação absurda, uma coisa indescritível que se passa dentro do coração. Não sei dizer ao certo como encontrei forças para superar aquilo, para recomeçar. A primeira ideia era a de parar, com certeza”. E completa: “Acredito que muita gente que não acompanhava o nosso trabalho (...) passou a acompanhar. E muitas pessoas que acompanhavam deixaram de fazê-lo por gostar, talvez, da opção em dupla. É muito diferente cantar sozinho. Você não dividir responsabilidades, não ter o seu parceiro do lado, não ter uma segunda voz”.

O cantor fala ainda sobre o remake do filme O Menino da Porteira, que protagonizou em 2009. “Com cinco, seis anos de idade, uma das canções que eu interpretava era O Menino da Porteira”. Ele ainda seguia de perto a carreira do Sérgio Reis (protagonista da versão original do longa, de 1976). “Nunca imaginei que um dia tivesse a possibilidade de recepcionar o diretor Jeremias Moreira e fazer parte dessa história”.

Faro também pergunta sobre a relação com seu pai, José Camilo, e ele faz uma declaração apaixonada: “Eu vejo nele um espelho para mim. Além de pai, conselheiro. Ele me passou o seu caráter e me ensinou que ser decente não custa nada”.

“Com oito, nove anos eu ganhei um violão do meu pai e (...) talvez a responsabilidade de aprender a tocar, de alguma forma. Não aprendi a tocar violão até hoje, é lógico, mas eu me viro.Para me acompanhar em casa até que dá certo”, completa.

Entre uma declaração e outra, Daniel emenda sucessos da carreira com clássicos da música sertaneja. Ao todo, ele interpreta, na íntegra, 19 canções. São elas: Disparada; O menino da porteira; Meu reino encantado; Estou apaixonado; Te amo cada vez mais; Nossa música; Desejo de amar; Gosto de hortelã; Dia de visita; Você não morre mais; Adoro amar você; Moreninha Linda; Estrada da vida; Amargurado; Evidências; Tenho que sonhar; Do outro lado do rádio; Eu me amarrei; e Peão apaixonado.

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